quarta-feira, janeiro 16

Precisamos de Poesia



A POESIA
NÃO PRECISA DE MIM
NÃO PRECISA DE TI
MUITO MENOS DE NINGUÉM
A POESIA
POR SI SÓ É PRECISA

OS ENCONTROS CASUAIS
NAS ESQUINAS DA COHAB
NUMA TARDE DE JANEIRO DE 2013
NECESSITAVAM BEM MAIS DA POESIA

QUANDO CARROS E BUZINAS
SUBIAM RUMO AO COHATRAC
ERA A POESIA
QUEM DIZIA A MIM
QUE AQUILO PODERIA VIRAR POESIA

PORÉM ELA NÃO PRECISAVA
NADA DAQUILO A ELA INTERESSAVA
PORÉM A MIM A POESIA CINTILAVA
NA MESMA MANHÃ DA CRISE ESTOMACAL
NA MESMA MANHÃ DO BEIJO AGRIDOCE
ERA POESIA INDEPENDENDO DISSO

A POESIA
NÃO PRECISA DE MIM
NÃO PRECISA DE TI
MUITO MENOS DE NINGUÉM
A POESIA
POR SI SÓ É PRECISA.





O Maranhão de Ferreira Gullar



Mais uma vez estou eu aqui de volta, para falar no (Ponto Continuando) desse que em minha opinião é o maior poeta brasileiro vivo. Não só por sua grande importância para a literatura brasileira dos últimos sessenta anos, mas também pelo motivo dele ter imaginado a arte como vetor de mudanças politico-sociais. Encontrei pesquisando na rede sobre escritores um documentário, que não diria apenas ser fundamental para qualquer artista do Maranhão ou de qualquer região do Brasil. E vou ainda mais a fundo pra dizer que ele é definitivo dentro de uma linha de pensamento, que acredita na inteira influência que a terra de origem de um poeta pode causar em sua obra. O documentário (O maranhão de Ferreira Gullar) de Marcelo Gomes e Hélder Aragão mostra em cerca de dez minutos de duração, toda a paixão e o fascínio que São Luís exerce sobre o homem e o poeta Ferreira Gullar, chega a ser emocionante a forma como o poeta se refere às lendas que tanto o chamaram a atenção na infância, os locais, a sua teoria sobre a luminosidade espessa do sol que cobre as manhãs da cidade. Em certo momento Ferreira Gullar fala dos poetas e escritores que lhe antecederam, entre eles Odorico Mendes, João Lisboa, Gonçalves Dias que deram a cidade o titulo de Atenas Brasileira. Em visita a Alcântara o poeta fala das igrejas e de sua homenagem à cidade na sua obra-prima (Poema Sujo). Portanto esse registro em minha opinião de maranhense e fã incondicional desse poeta, será para as gerações futuras uma das maiores homenagens que um artista pode dar a sua terra mãe.