domingo, setembro 9

Saudosismo







Lembra-te quando não havia limites sob o céu cada vez mais azul enquanto sozinho caminhava horas soprando as mãos em concha fazendo um som legal para aquela praia afastada da ilha e respirava aquele excesso de cheiro de amina e sentia tanta melancolia sobre os pés na areia infiltrando os pulmões até sentir saudade de qualquer luz da cidade ou um verbo amigo e vibrava como um grande campeão ao pegar meio quilo de camarão graúdo com os pescadores ou subia uma capoeira e acabava num precipício e como um roqueiro gritava e observava os guarás voando em V e um gavião solitário lá no fim escondido num mangue que também te observava?